domingo, 29 de janeiro de 2017

Diferenças dentre as bases.

Vamos desenhar as bases para findar as dúvidas sobre isto ? E deixar de lado o generalismo e preconceito.

O BDSM, como subcultura, teve seu marco em 1918, nascido com os homossexuais nova iorquinos. Só depois de mais de 60 anos o Sm foi ter sua primeira base.
SSC(São, Seguro e Consensual): Em 1983 nasceu o SSC para regrar práticas e relacionamentos dentro do meio BDSM. O SSC tem sido a base mais subjetiva, pois possui o termo "risco livre", por não dar aval sobre riscos e ter baixa avaliação técnica.
O SSC determina que todas as práticas devem ser sãs, seguras e consensuais. O SSC foi criado pelo clã GMSMA para que as práticas e relacionamentos não se tornassem abusivas, assim determinando um padrão para o BDSM, de que tudo deveria ser explicitamente consensual.



RACK(Tara consensual com risco consentido): Em 1999, Gary, do grupo TES propôs o termo "RACK". Este é um contraponto ao SSC. Enquanto o SSC deixa uma abertura ao "risco livre', o RACK os assume e busca diminuí-los.
O principal ponto do RACK foi ir de contra ao "safe" do SSC, que deixava tudo muito subjetivo, por não definir análise de risco e não assumi-los. No RACK entende-se que o SSC foi falho, ainda mais após a pesquisa feita por Gary, que, ao pesquisar as práticas e relacionamentos de muitos eram abusivos, mesmo dizendo ser SSC. Então foi feita uma base onde os riscos são expostos, explicados e evitados.
PRICK(Tara consensual com risco pessoal informado): Base contratual criada em 2009. No PRICK, tudo é feito em contrato reconhecido por lei(que pleonasmo), onde a pessoa procura o profissional e assume os riscos das práticas, assim como seu estado psicológico. No PRICK, a responsabilidade é pessoal. No PRICK cada pessoa assume sua responsabilidade, em um contrato e assim todos estão cobertos das falhas.
CCC(Consentimento compassivo e comprometido): Base que envolve a parte sentimental. Como pode ser visto, não há o termo "consenso" nesta base, mas o compromisso pelo compromisso e compaixão, ou seja, empatia. Nesta base, ainda pouco explorada ou explicada(Ainda em evolução), aborda-se a parte sentimental, ela é focada em relacionamentos.
Enquanto as demais bases abordam as práticas, o CCC aborda mais a parte sentimental, de compaixão.
Conclusão:
Apesar de subjetivo, RACK e PRICK abordam práticas Edgeplays, estas que foram tratadas com preconceito por alguns clãs na era do SSC, pois eram vistas como bizarras até pelos kinksters.
Então, teorica e subjetivamente, o SSC seria uma base para práticas que não ofereçam riscos à vida da pessoa ou não haja cálculo de risco. Enquanto o RACK teria uma abertura mais complexa, com cálculo de riscos e edgeplays inseridos. Práticas dentro do rack são conhecidas como "Above SSC/Edgeplays".
O PRICK seria um RACK 2.0, de forma contratual e ainda mais segura. No entanto, sua parte contratual impediria que fosse praticada em muitos países por não haver validade legal.
O CCC abordaria mais sentimentos do que práticas.

2 comentários:

  1. O que será que fazem as práticas sofrerem tantas mutações. O prazer muda de forma? ou os praticantes não se adequam mais a determinadas práticas e para sair da rotina vão transformando o que já existe?
    Adoro BDSM, mas a cada dia surge novas parafernalhas!

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