domingo, 17 de fevereiro de 2013

Direitos dos dominadores e submissos.

Temos que lembrar SEMPRE que BDSM é algo consensual.

Todo dominador tem o direito de recusar uma serva, deixar de ir a encontros ou festas e também de não realizar algum fetiche que ela tenha se ele não o agradar.

Todo submisso tem o direito de recusar um dom, deixar de fazer algo que o dom mande em uma festa, e até abandonar a coleira se ele força-lo a fazer algo que odeia.

Apenas o dono da pessoa submissa deve impor regras a ela, sendo assim qualquer um que diga "você TEM que fazer isso com a sua submissa ou não não é dom" está errado. As regras são impostas pelo casal e não por terceiros.

Essas são regras impostas pelo SSC e pelo SSS, portanto ninguém, dominador ou submissa, é obrigado a seguir regras de outros, opiniões sobre a própria relação ou uma verdade absoluta. Uma vez que há o contrato e a consensualidade contida nele, nenhuma as partes deve quebra-lo, ferir o consentimento do parceiro e obriga-lo a fazer algo porque em algum canto alguém disse que ele é obrigado a seguir.

Consensualidade e bom-senso são as regras imutáveis do BDSM, portanto leiam o que significa "consensualidade" no dicionário antes de sair dizendo que o submisso é obrigado a fazer tudo que o dom manda ou que o mestre deve dominar alguém todos os dias.

Sou do time que luta pelo BDSM verdadeiro, que busca o prazer sem estupro, espancamento ou humilhação verdadeira.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Explicando o sadomasoquismo.


Sadomasoquismo: este incompreendido

O termo sadomasoquismo (SM) designa uma tendência para práticas sexuais que incluem as idéias de dominação e submissão ou de impingir ou receber estímulos dolorosos mais ou menos intensos ligados ao prazer, bem como a idéia de diversos tipos de sofrimentos impingidos a si ou ao(s) parceiro(s). O termo “sadismo” refere-se ao escritor francês Donatien Alphonse François, o Marquês de Sade, e o termo “masoquismo”, ao escritor austríaco Leopold Ritter von Sacher-Masoch, que da mesma forma que Sade, punha em prática na sua vida cotidiana as fantasias de castigos corporais, de humilhações, imaginados nos seus romances.


As tendências sadomasoquistas existem, em maior ou menor grau, em qualquer pessoa e fazem parte das múltiplas expressões da complexa sexualidade humana, apesar de, muitas vezes, encontrarem-se reprimidas em cantos obscuros do inconsciente ou, mesmo vindo à consciência sob forma de sonhos ou fantasias, jamais serem expressar na prática. Por outro lado, existem muitíssimas pessoas em todo o mundo que exercitam esta sua porção sadomasoquista, especializando-se em técnicas sádicas, masoquistas ou em ambas, constituindo estes últimos os verdadeiros sadomasoquistas, na mais pura acepção da palavra.


Uma relação sadomasoquista pode se apresentar sob formas muito variadas: relações estáveis e duradouras, eventuais e fortuitas, heterossexuais, homossexuais, bissexuais, em duplas ou em grupos. Suas expressões são tão variadas e distintas quantas são as expressões da sexualidade humana. No entanto, ao contrário do que pensam muitas pessoas, não há nada de pervertido ou violento: o SM é uma prática relativamente comum, na qual pessoas praticam técnicas diferentes, mas estão de pleno acordo com o que será feito. Paradoxalmente ainda hoje em dia o sadomasoquismo é visto pela Psiquiatria clássica como um desvio de sexualidade, incluída na lista das ditas “parafilias”, e encarada como uma doença em potencial ou um processo patológico.


A grande incoerência está que mesmo Sigmund Freud já descrevia o SM como uma fase normal do desenvolvimento infantil e sob este tema, seu discípulo Wilhelm Reich muito discorreu, identificando detalhadamente a fase masoquista e a fase sádica como etapas consecutivas da chamada fase anal (dos 2 aos 3 anos de idade). Apesar do diagnóstico ainda figurar na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde, a maioria dos psiquiatras e dos psicólogos já entendem o SM como uma expressão aceitável da sexualidade, quando ocorre de forma consensual e livre entre pessoas adultas e em plena consciência de seus atos. Tapas, chicotadas, mãos amarradas, boca amordaçada: os psicólogos e os psiquiatras estão chegando à conclusão de que o sadomasoquismo não é doença e pode até dar mais satisfação a algumas pessoas do que o sexo convencional.



Há uma regra básica que deve ser seguida sempre: tem que haver consentimento. Como qualquer contato sexual, nenhum ato sadomasoquista pode acontecer sem a concordância do parceiro. E não é só isso: mesmo que os dois estejam de acordo, a prática não pode deixar lesões sociais, físicas e psicológicas. Ou seja, só é possível experimentar alternativas radicais quando há total respeito e confiança entre os parceiros.



Segundo a Organização Mundial de Saúde, classificado sob o número F65.5, é sadomasoquista aquele que tem "preferência por um atividade sexual que implica dor, humilhação ou subserviência. Se o sujeito prefere ser o objeto de um tal estímulo fala-se de masoquismo; se prefere ser o executante, trata-se de sadismo. Comumente o indivíduo obtém a excitação sexual por comportamento tanto sádicos quanto masoquistas (CIDX, 1994)". Na década de 80, a Associação Americana de Psiquiatria tirou o sadomasoquismo da sua lista de desajustes mentais. Ou seja, pelo menos nos Estados Unidos, ele deixou de ser considerado uma doença. Nossa sociedade, no entanto, é mais moralista que a deles, o que justificaria o fato de que muitos especialistas brasileiros continuam mantendo a opinião tradicional.


Mas o fato é que deixou de ser absurda a idéia de que algumas pessoas se satisfazem quando sentem dor ou quando passam por situações humilhantes. Homens e mulheres que têm dificuldade de se entregar completamente no ato sexual, por exemplo, podem sentir-se paradoxalmente liberados dessa cobrança quando estão amarrados. Assim, inteiramente expostos ao parceiro e sem poder opor-se aos avanços dele, forçam-se a se envolver completamente no sexo. dessa forma, terão mais prazer. E não há nada de errado nisso.



Com freqüência as pessoas de fora da cena (do "meio BDSM") não vêem o "appeal" em nenhum dos jogos, aparentemente dolorosos, praticados pelo pessoal SM. O que há de agradável em ser golpeado? Qual a graça em ser machucado? Bem, pense nisso: você já teve sexo intenso e depois notou marcas de mordidas no seu pescoço, mordidas que você nem se lembrava que tinha levado? O que aconteceu foi que seu parceiro mordeu você, COM FORÇA, com força suficiente para te marcar, e tudo o que você sentiu foi outro arrepio de prazer. Se te mordessem assim tão forte numa ocasião em que não existisse sexo, você gritaria, porque isso machucaria muito.



Mas, quando você está sexualmente estimulado, a sua tolerância à dor aumenta, e o estímulo que habitualmente você sente como dor se torna, então, prazeroso. Outra explicação comum é que o cérebro produz endorfinas, anestésicos naturais, para compensar a dor. E você, na verdade, acaba se livrando da sensação de dor. A sensação de bem estar, extremamente gostosa que vem junto com o exercício físico continuado, o chamado "runner´s high" vem de forçar o corpo dolorosamente por tanto tempo que as endorfinas acabam por arrebatá-lo; a sensação que você tem depois de comer algo apimentado vem da mesma origem; e é isso que faz com que os praticantes de SM sintam prazer em serem açoitados ou espancados, ou seja, lá o que for. Não é dor; é prazer! Todos os atletas que são "doidos por exercícios" são essencialmente masoquistas que gostam de desgastar seus corpos para terem a resposta química.



Então, aquele seu amigo que adora ser espancado pode, na verdade, estar sendo muito menos masoquista do que você é quando faz uma corrida! Um ato SM é então muitíssimo próximo a uma situação de jogo ou a um evento teatral: os adultos se permitem a realização de suas fantasias, tal qual as crianças brincam de “faz-de-conta”. Tanto isto é assim, que comumente o ato SM é chamado de “cena”.



Antes que se parta para uma cena SM, é necessário um bom conhecimento entre os parceiros e a criação de uma noção de respeito e confiança que se processa por uma etapa de negociação e estabelecimento de limites e objetivos, sendo bastante comum também a instituição de uma palavra de segurança (“safe word”).



para ser usada em situações de emergência. Felizmente, a maioria das atividades SM, tais como "bondage", "spanking" e provocação (humilhação), não são tão severas e você pode começar de forma "light" e aumentar a intensidade de acordo com o ritmo dos dois. Preste atenção no que você está fazendo, use o bom senso e você não se arrependerá.



Em geral, comece devagar e PRATIQUE! Você aprenderá rapidamente, se divertirá ao longo do caminho e então, passará apenas por situações com as quais tem sonhado!



Fonte: BDSM_MG

domingo, 10 de fevereiro de 2013

BDSM Sadio x Invasão da vida social, pessoal e empresarial.

Como todos sabem, o BDSM DEVE ser consensual, portanto nenhum dominador ou dominadora tem o direito de proibir a submissa de andar com amigos de infância ou proibi-la de falar  o colega de trabalho se isso fizer mal a ela. o BDSM é uma prática sadia que exige consensualidade e bom-senso, portanto qualquer submissa que for obrigada a fazer algo que a prejudique poderá recusar e retirar a coleira do seu dominador.

Há casos e casos, portanto não é porque uma submissa deixou de trabalhar porque seu dom a sustentaria que isso será possível com você. E quando se separarem ? Tudo deve ser avaliado, inclusive falando de fatores que envolvem o seu bem-estar e a sua vida estável.

Caso 1(Empresarial) - Se a relação acabar, onde morará ? Onde trabalhará ?

Caso 2(social) - Se o seu dominador estiver ausente ou não morar contigo, quem te levará ao hospital caso adoeça ? Se houver uma briga, quem te ajudará ? Afinal, não tem mais amigos.

Caso 3(sentimental) - Depressão, luto e sentimentos "negativos" fazem com que a pessoa se abale profundamente, portanto uma punição aumentará a carga negativa, e com certeza será um ato desumano. Abusar de uma pessoa debilitada é contra as regras da vida, e não apenas do BDSM.

Uma submissa não deve ser castigada quando estiver deprimida ou de luto, devemos respeitar os sentimentos das pessoas submissas, elas não são lixo !

Como uma prática sadia, o BDSM não deve interferir na vida social ou empresarial da pessoa, devemos respeitar isso.

Sanidade, disciplina, bom-senso e consensualidade são os fatores mais importantes do BDSM então lembre-se ! Você não é literalmente obrigado a fazer algo e tampouco deixar da sua vida porque um rapaz com "dom" no nick ordenou.