segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Tipos de relacionamento DS - 2


Nem sempre uma interação BDSM desenvolve-se em um relacionamento duradouro, frequente ou consistente. Porém, quando isso acontece, abrem-se infinitas possibilidades de como se relacionar. Na minha vida, o foco converge para as relações D/s, ou sejam, as relações que contém prioritariamente elementos de dominação e submissão. Sem desmerecer quaisquer outros tipos de interações, acedito que um relacionamento D/s (Dominação/submissão) é uma das formas mais complexas e variadas. Portanto, para iniciar, farei uma breve análise sobre as relações D/s. Para isso, e todos os efeitos, iremos nos utilizar aqui (apenas com o sentido ilustrativo) da convenção heteronormativa homem/mulher, como Dominador/submissa. Obviamente, o texto, as situações e exemplos podem ser facilmente adaptados a outras identidades de gênero, orientações sexuais e classificações de BDSMers.

domingo, 28 de dezembro de 2014

Limites & Consensualidade

Limites & Consensualidade

O fetiche primordial do BDSM possui como caraterística principal a consensualidade. Ou seja, quando mencionamos o BDSM ou qualquer prática do meio, estamos implicando que, obrigatoriamente, há unanimidade e anuência entre as partes. Todavia, recomendamos que tal consensualidade seja emitida apenas dentro do momento de máxima sanidade possível, o que significa que devemos sobrepujar as nossas emoções e desejos mais incontroláveis, pensar, repensar e tirar todas as dúvidas que surjam, para evitar mal-entendidos, situações inconfortáveis, desprazeres desnecessários ou qualquer tipo de abuso. Algumas diferentes visões sobre a consensualidade no BDSM são expressas através de suas Bases.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Nomenclatura MaleDom

Dom: Foca-se em práticas de dominação como imposição de regras, dominação psicológica, estruturamente de um dia a dia e afins. Um dominador não necessariamente gosta de amarrações, práticas sádicas e afins.

Sádico: Foca-se em práticas onde haja dor e/ou sofrimento, o sádico sente prazer em infringir dor ao seu Bottom, exemplos de práticas puramente SM são; Agulhas, cortes, tortura genital, tapas e formas que infrinjam dor sem necessitar da dominação ou imobilização para isso. Sádicos também utilizam do sofrimento e sadismo psicológico, onde há prazer em ofender e humilhar o Bottom

Rei: Top que interpreta um cargo da alta nobreza "BDSM", um rei pode ser o líder de uma casa, clã e age como uma pessoa que realmente faz parte da nobreza, sempre se destacando pelo seu vocabulário e "poder de presença", um rei pode ser dominador, sádico,mentor, enfim, esta é uma nomenclatura que não define práticas, mas sim cargo e postura. Esta nomenclatura também é utilizada em roleplays.

Lorde: Pode ser o "sub líder" de um clã ou casa,logo abaixo do "rei", porém assim como ele, o lorde se destaca pelo seu vocabulário e postura, um lorde pode ser dominador, sádico,mentor, enfim, esta é uma nomenclatura que não define práticas, mas sim cargo e postura. Esta nomenclatura também é utilizada em roleplays. ²

ProDom: Dominador profissional, com conhecimento e estrutura adequada o bastante para criar workshop's e cobrar por suas sessões, que são de cunho profissional. "ProDom" é uma nomenclatura que vem sido desvirtuada aos poucos, pois muitos dizem-se ProDoms e chegam a cobrar tarifas, porém não entendem das práticas necessárias para isso e nem possuem estrutura adequada.

Mentor(Top, Bottom, SW): Mentor é a pessoa responsável por ensinar uma ou mais pessoas. O mentor possui papel importantíssimo dentro do BDSM, pois ele é a pessoa que toma para si a responsabilidade de ensinar na teoria ou na prática pessoas que o busquem ou são selecionadas pelo mesmo.Infelizmente esta é uma nomenclatua que não deveria ter sido desvirtuada, mas muitos desvirtuaram, utilizam o termo para ter fácil acesso aos bottoms novatos e enganá-los dizendo ser mentor para encoleirá-los. O pupilo é apenas aluno do mentor, não propriodade dele e ele também não interfere nas escolhas do mentorado.

Shibarista: Pessoa ativa durante as sessões de shibari(amarrações),não sendo aplicada somente durante a prática, a pessoa não deixa de ser shibarista quando deixa a sessão, são tops com conhecimento e domínio na arte das amarrações.

Protetor: Top que protege uma Bottom de outros tops, ameaças e possíveis "falsos tops", é comum o protetor negociar pela Bottom caso esta dê a liberdade para ele fazê-lo. A pessoa protegida não é bottom do protetor, não o pertence, ele apenas assume o papel de proteger a pessoa até que esta arrume um bom top.

Adestrador: Top que age na parte BD(Bondage e Disciplina) do BDSM, o adestrador age de forma a moldar o Bottom,treinar os limites do Bottom e ensiná-lo a se portar e comportar em ambientes específicos. Adestradores também estão ligados àparte do petplay, onde ele ensina a pessoa a se comportar como um pet humano ou interpretar algm animal da forma correta.

DaddyDom: Top dentro do Ageplay, o Daddydom ainda é um dom ou mestre, porém é mais brincalhão, amoroso, carinhoso e afins, para que possa se encaixar dentro do AgePlay.

Dono: Nome utilizado para top's que possuem pet's, geralmente pets utilizam esta nomenclatura para definir seus detentores, é comum pet's utilizarem o termo "dono" ao falarem de seus tops, mas ao todo são tops que possuem posse.

Senhor: Forma hieraárquica que bottoms chamam tops, ou seja, Bottoms litúrgics, que seguem a hierarquia e vão aos encontros, festas e bares,chamam tops de senhor, até mesmo na internet é comum ver Bottoms tratando tops por "senhor".

Mestre: Top conhecedor profundo da teoria e prática, mestres são pessoas que chegaram ao nível de maestria dentro de alguma prática ou sobre o conhecimento do BDSM.Exemplos a ser usados em caso de práticas "mestre shibarista", "mestre de cerimônias" entre tantos outros.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Dificuldades da liderança.

Vou aqui relatar as dificuldades de ser um líder, com a minha experiência sendo dono e moderador de comunidades BDSM desde 2006.

Pessoas estarão insatisfeitas quando você fizer algo, e também ficarão quando não fizer, algumas pessoas sempre buscarão meios e formas de te reduzir, te difamar e tentarão provar que você não é digno deste cargo, então é sempre preciso paciência e maturidade para avaliar as situações de forma amena para que isso não vire uma guerra pessoal ou que as coisas piorem.

Muitos dos seus seguidores não conhecerão o seu lado "humano", não porque não quer, mas porque elas têm medo de te ofender ou da sua possível reação. Quando pensamos nesse ponto, chega a ser solitário, pois poucos dos seus seguidores serão, realmente, seus amigos.

Os "dias de esquecimento" serão constantes, pois as pessoas não te buscarão para saber como você está, como foi o seu dia ou te chamar para sair em uma noite legal, elas te solicitarão para tratar assuntos a respeito do que você lidera, se algo passou, como aquilo está e afins, raros serão os dias que você terá contato com "amigos" e não com "seguidores" ou "membros".

Errar é humano, você vai errar mesmo que não queira, então esse seu erro gerará enorme repercursão e serão levantadas coisas que você nunca fez ou faria, é aí que você precisará de mais postura ainda para lidar com esses fatos sem expor pessoas ou o que está a ocorrer.

Haverá momentos que terá que dizer a realidade a amigos,principalmente se trabalharem com você, e isso vai ser difícil para você e para eles, mas diga, não alimente algo falso, que os faça acreditar que está tudo bem quando na verdade não está, pois isso será ruim para todos vocês.

O Gene da liderança te faz um provável líder, mas não te dá a paciência e os requisitos para ser um.

E se você acha que ser líder te trará mais poder e você ficará mais relaxado, você está totalmente enganado, pois são poucos que elogiarão seus trabalhos, enquanto haverá muitos para criticá-lo.

Ser um líder é saber lidar com situações, errar e saber lidar com seus erros, e como líder, tente ao máximo não prejudiar a si mesmo colocando o que você lidera acima de si, mais pessoas dependem de você e precisam da sua estabilidade para que a coisa flua.