segunda-feira, 26 de março de 2012

Algumas parafilias.


Crimes Sexuais.


Bem, pessoal aqui vai um texto que achei em PDf pela internet que fala sobre crimes sexuais.

Vale lembrar que qualquer prática no BDSM deve ser consensual e feita entre maiores de 18 anos, então qualquer abuso deve ser considerado como crime sexual, seja atentado ao pudor, estupro ou abuso de menores. 

LEMBRE-SE, VOCÊ NÃO É OBRIGADO(A) A NADA, ENTÃO SE O SEU(SUA) DOM(DOMME) TE OBRIGAR A FAZER ALGO QUE VOCÊ NÃO QUER, REJEITE ! E SE ELE(A) ABUSAR DE TI,  DENUNCIE.

BDSM é coisa séria, devemos respeitar as regras e usar da consensualidade.

A definição de crimes sexuais não é simples. Podemos fazê-la considerando assim todos aqueles atos delituosos que tenham o propósito de satisfação sexual como motivo (enfoque motivacional) ou limitá-los àqueles cuja natureza seja um relacionamento sexual em qualquer das suas formas (enfoque legal). Este se refere àqueles que se enquadrem nos Crimes Contra os Costumes, dos artigos de 213 a 224 e de 233 a 234 do CP, que incluem Estupro, Atentado Violento ao Pudor, Posse Sexual Mediante Fraude, Atentado ao Pudor Mediante Fraude, Sedução, Atentado Violento ao Pudor, Corrupção de Menores, Rapto Violento ou Mediante Fraude, Rapto Consensual, Presunção de Violência e outros. Ambas as definições são úteis, mas dificilmente se poderá considerá-las satisfatórias do ponto de vista operacional. Basta observar que, adotando-se o primeiro conceito, o furto de um objeto de desejo fetichista terá uma motivação sexual, mas perante a lei será um furto como outro qualquer. No sentido inverso, o estupro será sempre um crime definido como sexual, embora se saiba que as motivações predominantes costumam ser o desejo de domínio e de infligir sofrimento. Em referência ao primeiro conceito, pode surgir ainda a alegação dos psicanalistas de que não há desejo sexual ou não-sexual, apenas desejo, seja ou não genitalizado. Este caminho, apesar de pertinente em sua formulação, não serve à nossa necessidade, visto ser impensável qualquer ação sem desejo.

A dificuldade não é só nossa, conforme fica claro neste texto de Dietz (1983): “Um conceito operacional de criminosos sexuais deve levar em conta as definições legais desses crimes, mas para ser útil cientificamente deve também  especificar sem ambigüidades as características que fazem com que um indivíduo seja identificado como membro dessa categoria; e  demarcar claramente os limites desta. Nenhuma definição acanhada pode ser formulada para atingir esses objetivos. O melhor que se pode fazer é especificar os tipos legais de crimes de interesse e ter em mente quatro restrições a tal lista:  os tipos de crime não são mutuamente excludentes; as categorias de crimes são específicas para tempo e lugar e, não, universais;motivação sexual ou preferência sexual desviantes não são elementos indispensáveis em qualquer definição legal nem são suficientes para essa definição;  muito crimes sexualmente motivados ou  a serviço de padrões desviantes de excitação não se incluem na categoria legal de crimes sexuais”. A definição exata de crimes sexuais aporta numa discussão em aberto, razão pela qual concordamos com Dietz e consideramos aqueles cuja natureza seja nitidamente sexual, com a ressalva de que não há objeção a que sejam incluídos em outras áreas da criminologia.
      

O anonimato

Muitos preferem viver no anonimato, pois no mundo há muito preconceito.  É uma forma de proteger a própria imagem e a imagem de quem se envolve conosco. A sociedade brasileira ainda não está pronta para o BDSM, julgando, descriminando e debochando das pessoas que gostam do sadomasoquismo ou do BDSM.

Como assim, se proteger ? Alguns colegas de trabalho, amigos e familiares não respeitam a ideia de alguém gostar de sentir dor ou infringir dor, começando então uma sessão de deboches, críticas incoerentes e bullying.

Com isso fica difícil saber quem é adepto de verdade ou quem finge ser, porém cabe a nós acreditar ou não no primeiro que aparecer.

O início

O início é a parte difícil, a falta de confiança, conhecimento e coragem para dar início ou pedir para alguém ser uma serva ao invés de namorada. O preconceito faz com que as pessoas se acanhem e mesmo que queiram elas recusam o pedido por medo ou receio do que pensarão dela se ela tornar-se serva de alguém.

Por que não começar com o namoro ou com um amigo ? Conversar sobre o que gostam e caso gostem  de "BDSM" ou de parafilias estranhas basta consensualizar tudo. Assim terá alguém de confiança, que não abusará de ti ou se julgará superior por ter conhecimento a mais do que você.

O bom de começar com outro iniciante é que ambos aprenderão juntos, e com isso se tornarão pessoas mais "abertas" pois começaram literalmente do início.

Quanto aos demais ? Esqueça ! Danem-se as pessoas, o que elas dirão ou pensarão a respeito, é o que você quis para si e assim você escolheu firmemente. No caso de manter a vida social como está basta manter às escondidas, assim ninguém saberá e a pessoa poderá praticar o que tanto ama sem ser julgada pelos alheios.

Você que ser ser mestre(mistress) ou servo(a):  Seja ! Antes tentar e saber se realmente gostará do que perder a chance de ser feliz ao seu modo porque os olhos de outrem julgam suas vontades como erradas ou nojentas.

O negócio é entrar de cabeça e se aprofundar nas próprias vontades, para que assim torne-se fruto da sua mente, e não da mente dos demais.